quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Ver*

Eu já teria tanto a dizer
E tão pouco
Perto do que eu poderia
Do tanto que vejo
E ainda mais imagino
Do que não posso dizer
Mas tanto imagino
Além do que tanto vejo
Além do que tanto tens
E que já me faz doer
Mas só de imaginar
Me esforço em não crer
No que apenas imagino
Mas isso não importa
Pois o que eu preciso é ver
O que sinto e vejo
O que não há de vir, deixa ser
Não, não vou deixar
E minto em apenas ver
O que tanto imagino
E desejo um dia
Sem nunca vir, sem nunca ser.

Um comentário:

  1. Esse poema...de repente pensei que pudesse se transformar em uma música....já pensou?

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