sábado, 21 de novembro de 2015

Ode ao Tempo*

Minha vida
É tão somente
Uma ode ao Tempo
Na qual me encanto
Por este momento
Ao imaginar o silêncio
E escuridão do universo
A presenciar, tão paciente
O nascimento de estrelas,
Planetas, pessoas e religiões
A observar a nossa história
Tão intensa e indiferente
Nosso amor, tão presente
A se perder, de volta no Tempo
Tornar-se poeira, estrela, planeta
Vida imensa, escuridão
Depois beijo, infinito espaço
Nenhuma memória, solidão.

Minha vida
É tão somente
Uma ode ao Tempo
Na qual me encanto
Por este momento
Ao imaginar seu beijo
Seu abraço, infinito espaço
A se perder, de volta no Tempo
E o meu amor, indiferente
A se tornar poeira, estrela, escuridão
Um triste planeta, perdido
Em sua história, em sua vida
Meu carinho, minha saudade
De ser apenas Tempo
Ser apenas beijo, silêncio
Em um universo tão paciente
E indiferente, talvez me tornar
Alguma memória, gratidão.

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