quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Recorte*

(Lyrics)

Você já me conheceu assim
Você só me conheceu assim
Você não quer que eu te mostre o fim
Você me pede para se casar

Quando nasci eu não era assim
Quando morri eu fiquei assim
Mas ao te ver eu só quis amar
Mas ao te ter eu levei ao fim

Não adianta
Se você não pode ver
Eu não sou só
O que você pode ver

Eu já não sou
O que eu queria ser
Hoje eu sou só
O que eu posso ser

Você já me conheceu assim
Você só me conheceu assim
Você não quer que eu te mostre o fim
Você me pede para se casar

Quando nasci eu não era assim
Quando morri eu fiquei assim
Mas ao te ver eu só quis amar
Mas ao te ter eu levei ao fim

Não adianta
Se você não ver
Eu não sou só
O que você pode ver

Eu já não sou
O que eu queria ser
Hoje eu sou só

O que eu posso ser

Ver*

Eu já teria tanto a dizer
E tão pouco
Perto do que eu poderia
Do tanto que vejo
E ainda mais imagino
Do que não posso dizer
Mas tanto imagino
Além do que tanto vejo
Além do que tanto tens
E que já me faz doer
Mas só de imaginar
Me esforço em não crer
No que apenas imagino
Mas isso não importa
Pois o que eu preciso é ver
O que sinto e vejo
O que não há de vir, deixa ser
Não, não vou deixar
E minto em apenas ver
O que tanto imagino
E desejo um dia
Sem nunca vir, sem nunca ser.

sábado, 21 de novembro de 2015

Ode ao Tempo*

Minha vida
É tão somente
Uma ode ao Tempo
Na qual me encanto
Por este momento
Ao imaginar o silêncio
E escuridão do universo
A presenciar, tão paciente
O nascimento de estrelas,
Planetas, pessoas e religiões
A observar a nossa história
Tão intensa e indiferente
Nosso amor, tão presente
A se perder, de volta no Tempo
Tornar-se poeira, estrela, planeta
Vida imensa, escuridão
Depois beijo, infinito espaço
Nenhuma memória, solidão.

Minha vida
É tão somente
Uma ode ao Tempo
Na qual me encanto
Por este momento
Ao imaginar seu beijo
Seu abraço, infinito espaço
A se perder, de volta no Tempo
E o meu amor, indiferente
A se tornar poeira, estrela, escuridão
Um triste planeta, perdido
Em sua história, em sua vida
Meu carinho, minha saudade
De ser apenas Tempo
Ser apenas beijo, silêncio
Em um universo tão paciente
E indiferente, talvez me tornar
Alguma memória, gratidão.

sábado, 16 de maio de 2015

Inside Out*

You’re trying to live you own life
A life of your own
While everybody is outside
Living a life of their own
You’re living your inside
So scared it’s outside

You just want to live
To see another daylight
You want to be outside
But you’re living inside
And your inside is outside

Another day will come
And you’ll live, you’ll be outside
Carrying your inside

Will you keep things in,
Outside in the daylight?
Will you live another day
And live it all behind?

I’m sure you’re gonna wake up
And feel that sadness inside
I’m sure you’ll find joy
And carry all that pain inside
Then there will be no pain
No sorrow inside
Just life, and life outside.

domingo, 12 de abril de 2015

Os Girassóis*

Vejo o mundo
Em tons de azul e amarelo
Vejo na tristeza
A província do belo

Solitário, como num quadro
Em que alguns veem beleza

Negam meu amor
Partilham do meu carinho
Dos meus lugares, meus caminhos

Por onde vão ficar, fatalmente
Vultos, iluminados
Pelo amarelo de um final de tarde
Ou pelo azul de um mergulho no mar

Não vejo o mundo
Vejo um quadro solitário
Pendurado na parede da sala

Vejo a minha vida
Pendurada no tempo
Nas paredes de casa

E a tristeza de não ser
O amor que ilumina alguém

Sou amarelo e azul
Luz fraca, flores e melancolia

Sou um quadro, resquícios de Van Gogh
Sou as cores que talvez nunca serão 
De nenhuma vida, nada e ninguém.