sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Crônica Sobre uma Viagem de Ônibus*


Logo cedo, antes das oito, o povo indo trabalhar...

O motorista, ao invés de virar no farol à esquerda, continuou em frente. Não sei se pelo horário, ou se pela segunda, ninguém reparou, ou teve preguiça de perguntar - sentados, ouvindo música, falando a língua do cotidiano, e dos ônibus.

Eis um fato extraordinário, ninguém reclamar, gritar que aquele não era o caminho certo, permanecer em uma viagem sem saber o destino certo. Isso sim seria um absurdo.

Mas estranhamente, houve este momento fantástico, surreal, em que todos inebriados pelo começo do dia se deixaram levar à luz ainda amena do sol, como que amanhecendo a realidade.

Da janela, ruas, calçadas, pessoas... Tudo que vem dos olhos.

Um comentário:

  1. Muito bom.
    O cotidiano é fantástico quando estamos olhando bem de frente para ele.
    Grande abraço.

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