(Amar o mar
E não amar Caymmi
É um crime...)
Na praia sempre vivi
Que saudades eu tenho
Da praia onde nasci
Filho de peixe
Peixinho é
Primeiro molha o pézinho
E cedo começa a nadar
(Amar o mar
E não amar Caymmi
É um crime...)
Nas ondas deslizei
E as areias percorri
Nas águas namorei
E o sol me fez sorrir
O amor eu conheci
E como barco vi partir
No fundo não tem medo
De morrer um pescador
(Amar o mar
E não amar Caymmi
É um crime...)
Do mar viemos
Ao mar voltaremos
Vida afora
Mar adentro
A vós do mar
Dorival vem cantar
O amor do homem
E a voz do mar
(Amar o mar
E não amar Caymmi
É um crime...)
Bité,
ResponderExcluirMais um texto que nos apresenta um cenário praiano, litorâneo. Muito bonito, eu gostei. Tem um gosto de final de tarde, da suave melancolia advinda da nostalgia das coisas que passaram, mas que ainda permanecem, de alguma forma, em nossos corações. Estive em Itanhaém neste Dia das Mães. É muito curioso e agradável voltar a esta cidade, agora que já não moro mais nela. Sou capaz de perceber determinadas nuances, certos detalhes, específicas belezas que, do alto de 20 anos de estada já não era mais capaz de perceber... Este texto me fez lembrar de algumas delas. Obrigado.
Um abraço.
Veja só você, uma de minhas bandas novas preferidas acabou de gravar Caymmi, o Vanguart.
ResponderExcluir"Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Dizendo baixinho
Morreu, morreu, morreu, oh....
O mar quando quebra na praia
É bonito, é bonito"Abraço!
Brunão, Brunão, eu q ñ sou mto adepta a poesia, gostei mto dessa (ñ é puxa saquismo de amiga, ñ!)... hehehe
ResponderExcluirSimm ,filho ... filho de peixe peixinho é !!!
ResponderExcluirvez em quando eu te falava isso né ?
Gostei deste poema sua praia nossa praia sempre!!
beijos,filhinho amado!
Self-comentando-me, e contribuindo para a constatação do meu gene melancólico, que mais uma vez foi evidenciado, acrescento que a palavra nostaligia, como é profunda e lindamente desenvolvida no livro "A Ignorância, de Milan Kundera, já contêm em si o centeúdo melancólico pois é uma combinação de "passado" e "agonia", ou seja agonia do passado. Mas os seus semelhantes semânticos não são assim tão depressivos; lembrar, memorar, recordar (lembrar com o coração, etimológicamente) não têm esse apelo sofrido; assim como, espero, não ser tão concentrada minha carga de lamúria melancólica - um leve tom de azul convém, pra mim.
ResponderExcluirQuanto ao texto, este foi uma inspiração simples, de uma saudade simples, com rimas simples. Em menos de 5 minutos foi concebido e realizado, após ouvir um pouco de Dorival - tamanha é a força do mar que sinto na voz desse homem.
É um texto de pretensões musicais, como muitos que faço.
Obrigado, Dê e Jânio; e, sem dúvida, Adriano, também sou fascinado pela força que a distância tem em aproximar as coisas. Experimento isso constantemente e com muito gosto.
Valew!!!
Olá...
ResponderExcluirJá falei contigo sobre meu futuro blog ser "igual" ao seu, pelo menos no modelo...
Sobre o texto, fantástico...simples...
Não sobre mar, mas sobre simplicidade, já leu Nhô Bento?! Fodido....se não leu e não achar em nenhum lugar, te mandarei...
Abraço!!!