(Repost 11.02.08)
O
correto seria dizer "porvo"; ou "poivo". Pois este se
escondia debaixo dos parrachos, que são um tipo de formação de recifes.
Um
com pedra, outro com ponta de ferro e mais dois caçoando, os pescadores
tentavam em vão encontrar o bicho para juntá-lo a seu amigo, que jazia morto em
uma lança. Desistiram do astuto, mas continuaram a busca.
Confesso
que dos seres que habitam o mar, o polvo desperta-me pouco afeto. Por outro
lado, seria eu capaz de tecer uma verdadeira ode ao magnífico camarão. Não
obstante minha empatia para com o pobre molusco, resolvi seguir o grupo, de
perto, quase longe; contente por participar, ainda que indiretamente, deste
evento tão natural, e para mim, tão belo quanto inusitado. E enquanto o fazia,
nutria comigo o sonho de avistar um polvo; imaginava a glória de indicá-lo aos
pescadores e assim ser promovido à posição de ajudante de caçador de polvo, ao
invés de reles observador. O que não aconteceu.
Espectadores
que assistiam à passagem da caravana declararam que polvo fica uma delícia com
arroz e brócolis; porém, nesse dia, os polvos pareciam não conformar-se com tal
destino e permaneceram bem escondidos nos parrachos.
Algum
tempo depois, parte do grupo desistiu, parte insistiu um pouco mais na peleja –
acredito que sem sucesso.
Abandonei
a expedição e prossegui minha caminhada ao sabor de uma brisa, contente com a
breve aventura e com planos de investir em outras do gênero.
Almocei
camarão.
Bela postagem amigo, muito bem escrita, estou vendo que você nunca, mas nunca mesmo " No be Quiet", rsrs..
ResponderExcluirAbraço, me deu vontade de comer camarão!
Hhehehe, valeu, Wagnera!
ResponderExcluirQue legal cara
ResponderExcluirQue legal cara
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