Já é a segunda vez que me pego pensando e escrevendo em torno de uma futura copa do mundo. Será essa uma intuição ainda não decifrada? Ou será apenas um resíduo subliminar das informações que circulam? Quem sabe, embora não seja essa incógnita o mais importante no momento - deixemo-la para outra ocasião, pois o que interessa agora é falar sobre a copa de 2014, que será realizada no Brasil, em 12 cidades recentemente divulgadas, para alegria geral e felicidade da nação. Ou terão aqueles que desaprovam a realização deste mega evento em solo brasileiro? Eis outra incógnita que deixaremos para depois. Pois agora é hora de imaginar como será a enorme transformação pela qual passará nossas cidades, estádios, estradas e transportes. Há os incrédulos, que por saberem como as coisas funcionam - ou deixam de funcionar - em nosso país, deixam-se abater pela desesperança, como se, por experiência, soubessem que as obras não serão concluídas, ou serão fatalmente condenadas por desvios de verbas e corrupção. É um receio compreensível - e justo. Por isso, talvez, a maior vantagem da copa seja justamente a de não depender exclusivamente de nosso governo; como as obras devem obedecer a prazos e critérios rígidos para que possam satisfazer as condições necessárias para a realização dos jogos, e como vários comitês e países estão envolvidos - sobretudo no que diz respeito à fiscalização e eficiência -, a chance de que tudo não acabe como promessa de campanha é muito maior e mais segura. Talvez a copa do mundo de 2014 traga mais mudanças e melhorias estruturais ao nosso país do que qualquer candidato já eleito; mais do que qualquer política econômica já adotada.
E em se tratando de economia, muitos, assim como eu, já devem estar pensando em poupar um dinheirinho para assistir aos jogos. Deixar de sair no final de semana: "não posso, tô economizando pra copa". Afinal, supondo que a moeda continue a mesma e o capitalismo não tenha sofrido o colapso definitivo, os valores até lá terão sofrido alguns reajustes. Por exemplo: com um bolacha Passatempo custando sete reais e quarenta centavos e uma passagem de ônibus a três e trinta, provavelmente um ingresso não sairá por menos de seiscentos reais e uma camisa da seleção poderá chegar a custar bem uns duzentos e cinquenta reais. Ou seja, uma fortuna! Pelo menos nos tempos de hoje. De qualquer forma, é bom começar a guardar, nem que seja por apenas noventa minutos, mas talvez cheguemos a um estádio sem precisar pegar um ônibus lotado com cento e dezessete pessoas gritando e debatendo-se, depois de horas de fila para comprar um ingresso, e ainda sentar numa boa poltrona, ao invés de se acomodar no humilde e saudoso concretão de outrora, sob o risco de tomar chuvas que não caem só do céu.
A copa é o Brasil do futuro?
E em se tratando de economia, muitos, assim como eu, já devem estar pensando em poupar um dinheirinho para assistir aos jogos. Deixar de sair no final de semana: "não posso, tô economizando pra copa". Afinal, supondo que a moeda continue a mesma e o capitalismo não tenha sofrido o colapso definitivo, os valores até lá terão sofrido alguns reajustes. Por exemplo: com um bolacha Passatempo custando sete reais e quarenta centavos e uma passagem de ônibus a três e trinta, provavelmente um ingresso não sairá por menos de seiscentos reais e uma camisa da seleção poderá chegar a custar bem uns duzentos e cinquenta reais. Ou seja, uma fortuna! Pelo menos nos tempos de hoje. De qualquer forma, é bom começar a guardar, nem que seja por apenas noventa minutos, mas talvez cheguemos a um estádio sem precisar pegar um ônibus lotado com cento e dezessete pessoas gritando e debatendo-se, depois de horas de fila para comprar um ingresso, e ainda sentar numa boa poltrona, ao invés de se acomodar no humilde e saudoso concretão de outrora, sob o risco de tomar chuvas que não caem só do céu.
A copa é o Brasil do futuro?
Olás.
ResponderExcluirO Brasil do futuro já está começando a acontecer, segundo alguns, mas as mudanças e oportunidades acontecerão com certeza. Ganharemos visibilidade que pode muito bem ser o momento certo para mostrar as qualidades que eles (os gringos) ainda não conhecem.
E pode crer que as melhorias em determinadas regiões e trajetos só acontecerão para agradar os povos do resto do mundo, não por uma obrigação política ou compromisso como o bem-estar do brasileiro. Mas é melhor que aconteçam do que ficar na mesma.
Grande Abs.
Fred