Logo cedo, antes das oito, o povo indo trabalhar...
O
motorista, ao invés de virar no farol à esquerda, continuou em frente. Não sei
se pelo horário, ou se pela segunda, ninguém reparou, ou teve preguiça de
perguntar - sentados, ouvindo música, falando a língua do cotidiano, e dos
ônibus.
Eis
um fato extraordinário, ninguém reclamar, gritar que aquele não era o caminho
certo, permanecer em uma viagem sem saber o destino certo. Isso sim seria um absurdo.
Mas
estranhamente, houve este momento fantástico, surreal, em que todos inebriados pelo
começo do dia se deixaram levar à luz ainda amena do sol, como que amanhecendo
a realidade.
Da
janela, ruas, calçadas, pessoas... Tudo que vem dos olhos.
Muito bom.
ResponderExcluirO cotidiano é fantástico quando estamos olhando bem de frente para ele.
Grande abraço.