Escrever é também assassinar eu. E se assim não for, não tem graça.
Enterrar as várias máscaras... no fundo, ouvir um grito de horror.
Enterrar as várias máscaras... no fundo, ouvir um grito de horror.
Mas tudo isso começou, porque me vi em alguém.
Vesti uma das expressões mais tristes... mais felizes.
Senti aquela deliciosa e única opressão no peito - ainda bem que era de tarde.(Minutos, minutos...)
Aí então fui escrever, mas antes pensei: paramos todos para nos refrescar
no sol, precisava saber quanto tempo havia se passado:
"não sou bom com dinheiro, prefiro ter sem possuir, como a vida, o amor, a palavra...".
Aviso: eu que escreve também é personagem.
Não, não, não; não há nisso nem mentira, nem verdade, nem ficção.
Apenas é. Porque sou aquilo que sou, aquele que é. Por que não?
E sempre música. E sempre tempo, e sempre clima. Cidade e praia.
(Minutos, minutos...)
Tarde, espelho e jardim: é uma bela combinação, mas não um fim.
Eu mesmo só peço que haja vinho. É que o passado às vezes me atropela no presente - com que força!
É que eu não sei partir (pois só assim posso ser triste, sentindo saudade,
por sentir).
Aviso: não se engane com quem escreve.
Por favor, lembre-se apenas disso.
Por hora, me vou - já tarde.
Até logo ou adeus.
Eu.